Senta que hoje a resenha é emocionada e trazendo mais um filme do nosso território nacional para dar as caras por aqui.
Que eu sou fã da música do Thiago Pethit, bem, isso não é nem um pouco segredo. Acompanho ele desde 2009, assisti a mais de 7 shows dele e quando vi que ele estava participando de um filme dirigido pela Vera Egito, que já dirigiu clipes maravilhosos dele que eu sou apaixonada, sabia que ia ter que assistir esse filme.
Na verdade, meu contato com Amores Urbanos começou em 2016, na primeira vez que assisti o filme e a coisa já me ganha porque tem músicas do Thiago na trilha sonora.
Agora que vocês entenderam minhas motivações iniciais para assistir o filme, vamos falar um pouco do enredo.
"Até quando dura a juventude?"
Com essa frase estampada na capa do dvd, ela já dá o start inicial sobre o principal tema do filme: a juventude, a passagem para a vida adulta, as frustrações, experiências e descobertas.
Em Amores Urbanos vamos conhecer os 3 melhores amigos passando pela crise dos quase 30 na São Paulo atual: Diego, dj solteiro afirmado com uma atitude de "não ligo pra nada" e carregado de traumas familiares, Júlia, assistente de moda que já passou por várias carreiras e parece que não emplaca a vida profissional nem a amorosa e Micaela que está dentro de um relacionamento há mais de 1 ano onde a namorada não a assume.
Todos parecem ter problemas banais característicos da geração dos late 20's, mas quando se soma com as pressões familiares, sociais e amorosas, o combo são 3 jovens adultos perdidos, deprimidos e suprindo o vazio com momentos efêmeros de "felicidade", como bebidas, festas e ficadas sem sentimento.
A trama pode soar boba, porém se eu aprofundar muito vou acabar soltando spoilers. Mas a fotografia do filme, os diálogos reais e convincentes e os problemas e personalidades facilmente identificáveis dos protagonistas dão o ar de filme europeu meio vago e que lida com os problemas cotidianos de forma profunda fazendo com que quem assista se sinta tocado de alguma forma por se ver ali, nos personagens.
O nome do filme reflete exatamente o foco da história: o amor na grande São Paulo atual e como a geração jovem adulta lida com ele.
O filme conta com uma sensibilidade linda, mostra como uma verdadeira amizade supera qualquer vazio existencial que venha assolar a vida e conta com uma atuação muito boa por parte dos 3 protagonistas e de alguns coadjuvantes. Minha única "crítica negativa", se é que posso chamar assim, vai para a atuação um pouco forçada da cena inicial do namorado da Júlia e da moça da cena. Confesso que foi uma cena que me incomodou, porque os dois atores em questão soaram um tanto quanto forçados, mas tirando eles e essa cena, o resto do filme é só elogios.
Destaco para que prestem atenção as pérolas maravilhosas que surgem nas frases de efeito do Diego, sempre com um tom ácido e sarcástico que traz muito alívio cômico para cenas mais pesadas.
Deixo vocês com uma música da trilha sonora para entrar no clima e vejo vocês na próxima resenha!